15/12/2011

Se eu escrever aqui, talvez o sono volte. Sempre surgem essas noites ruins, tudo só é efêmero e outras coisas difíceis de lidar.
Vem muitas imagens juntas e duram muito tempo as emoções, o que tem de concreto dura pouco e deixa esse saudosismo que se torna um pouco morte.
Hoje, além do saudosismo, sinto uma falta de amor enorme, tenho amigos pra quem posso até pra fazer cara áspera, se não tivesse seria igual ao homem da Artur Alvim, que decidiu morar na rua e parar de fazer miniaturas de parques de diversão.
Mas hoje entendi outra vez que não existe amor incondicional, todo mundo deve saber disso, mas sempre é difícil perder um amor que dizem ser inerente, é como não ter casa, mesmo que o perca só por alguns dias.
Com essa falta de amor, vem muita culpa, posso tentar fazer uma lista das palavras secas que disse, da ausência do meu olhar egocêntrico pra ela, meu descaso, mas parece ser uma coisa maior, um cansaço de amar.
Pode ser que muito disso seja pra colocar na coleção de crises e não existam tantas incoerências e olhares.
Se minha cabeça ficasse em silêncio junto com o mundo, talvez eu não me rasgasse hoje pra tirar esse monte de vidas ruins daqui de dentro.

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