07/12/2011

Corpo no mar

Deitou corpo sobre mar avermelhado
Lançou braços roxos soltos
Ar azul cheirava sol enferrujado
Tratou boiar escuridão cega
Pensamentos brancos pesados
Peito aberto jorrava pus esverdeado
Anos passados cinzas obscureceram
Penoso espaço anil respirava invisível
Mundo melancólico marrom terra
Dentes riam dourados na boca sabotada
Girava feito hélice, águas queimadas
Todo o esforço, vácuo férreo de vida tragada
Morreu, acordou bolha, odor verão enrugado
 
Robson C. Alkmim

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