30/09/2011

Picasso, Minotauro acariciando uma mulher adormecida, 1933

10/09/2011

"um amontoado de nuvens acima dos continentes"

03/09/2011

O Olhar da Época

"Um objeto reflete um desenho de luz sobre os olhos. A luz penetra nos olhos através da pupila, é concentrada pelo cristalino, e se projeta na tela que se encontra atrás do olho, a retina. Esta é dotada de uma rede de fibras nervosas que, através de um sistema de células, transmite a luz a vários milhões de receptores, os cones. Estes cones são sensíveis tanto à luz quanto à cor, e reagem transmitindo ao cérebro informações relativas à luz e à cor.
A partir desse ponto é que o instrumento humano para percepção visual cessa de ser uniforme e varia de indivíduo para indivíduo. O cérebro deve interpretar a informação bruta relativa à luz e à cor que recebe dos cones, e isso com a ajuda de habilidades inatas ou através de experiência. Testa os elementos relevantes segundo sua bagagem de modelos, categorias, hábitos de dedução e analogia - "redondo", "cinza", "liso", "granulado", por exemplo - e fornece uma estrutura e portanto um significado à fantástica  complexidade de informações oculares. Isso é feito à custa de uma certa simplificação e de uma certa distorção: a propriedade peculiar da categoria "redondo" encobre uma realidade mais complexa. Mas cada um de nós teve experiências particulares, e os conhecimentos e as capacidades interpretativas diferem de uma pessoa para outra..." 

(Baxandall, Michael, O Olhar Renascente, II. O Olhar da Época pg. 37)